escritos de Pedro Silva

31 Outubro 2013

Foi aprovado na última reunião de Câmara barrar o acesso ao público e à comunicação social a uma das duas reuniões mensais deste órgão autárquico. Se num primeiro momento tal decisão me pareceu um retrocesso numa relação de proximidade entre autarquia e munícipes, após um esclarecimento mais cuidado por parte da Comissão Política Concelhia do PS e apenas como resposta às acusações de absolutismo por parte da Comissão Política do PSD, a decisão não merecerá a onda de indignação que se gerou.
Transcrevendo o comunicado de resposta, “temos que entender que nos dias de hoje os municípios vivem num ambiente de concorrência entre si, e o momento em que alguns assuntos estratégicos podem ser tornados públicos, deve ser detalhadamente estudado e programado”. Sendo este o verdadeiro motivo da decisão de vedar o acesso ao público e à comunicação social a uma das reuniões mensais, parece-me devidamente justificado. Para bem do concelho e, consequentemente, dos munícipes.
Acrescente-se que, embora com algum atraso, as actas de todas as reuniões, assinadas por todos os presentes, são disponibilizadas (pelo menos) no site da CMFF, colocando de lado quaisquer dúvidas quanto ao que realmente se falou ou deixou de falar, remetendo para os intervenientes nessas mesmas reuniões a responsabilidade sobre eventuais fugas de informação ou contradições variadas sobre o seu conteúdo.
Não é por aqui que a transparência se perde, assim como não é pelo estudo da TIAC (Transparência e Integridade Associação Cívica), que com base no LEVANTAMENTO DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NOS WEBSITES indica a Figueira da Foz como o município mais transparente de Portugal, que a transparência se mede.

já que aqui estás