escritos de Pedro Silva

21 Novembro 2013

Dura já há uns meses mais uma guerra Naval/Ginásio, que passados os tiros iniciais se tem transformado, aqui e ali, numa lamentável troca de farpas em forma de comunicados/desabafos. O prólogo teve início quando o Ginásio decidiu acrescentar o futebol à sua lista de modalidades, através de uma parceria com uma recém-nascida academia instalada nesta cidade. Ao mesmo tempo, no lugar do antigo campo pelado, nascia um novo campo sintético, fruto de um investimento camarário na ordem dos 500 mil euros. Com mais de 100 crianças a praticar a modalidade, o Ginásio acreditou que tinha uma palavra a dizer na utilização daquele espaço municipal. Estando o equipamento concedido à Naval (primeiro num protocolo celebrado em 1988, depois noutro em 2009), havia que chegar a um acordo que permitisse a utilização daquele espaço por parte do Ginásio. Numa reunião entre a CMFF e ambos os clubes, foi proposto pela CMFF um horário (16.00/17.30) que, não sendo utilizado pela Naval, servia os interesses do Ginásio. E aqui começa a guerra.
O campo é municipal? Sim. Quem autoriza a utilização do campo? A CMFF. Mas a Naval tem a concessão do espaço? Sim. E como tal tem que se pronunciar? Certo. E o que pronunciou a Naval? A Naval pronunciou à CMFF que não tem condições técnicas para se pronunciar. O que são essas “condições técnicas”? Não sabemos. E o que respondeu a CMFF? Nada. E o Ginásio o que fez? Pronunciou-se em várias reuniões na CMFF e através de cartas, tentando obter uma resposta às condições técnicas. Houve resposta? Sim. Qual? Diz que vão reflectir. E o Ginásio o que fez? Pronunciou-se novamente, tentando saber o resultado da reflexão. Houve reposta? Claro! Qual? Diz que vão ponderar.
Enquanto a CMFF assobia para o lado, a Naval assume o papel de puto-dono-da-bola-só-joga-quem-eu-quero.
Como ex-atleta da Naval, desde os infantis até aos juniores, e com todos os ensinamentos que o clube me proporcionou, desejava assistir a uma atitude mais condizente com a história de tão grandioso clube. Pelos miúdos.

já que aqui estás