14 DE JANEIRO DE 2008
O Zico vai nascer não tarda. A mãe já o prometeu muitas vezes e ele já ameaçou outras tantas. Tantas que eu era capaz de jurar que já passou mais de um ano desde que foi anunciado à malta mais chegada. Talvez seja por isso que mantenho a secreta esperança que o Zico venha já equipado com o kit anti-cólicas e com a rodagem dos 3 meses devidamente carimbada.
Bem, mas o facto é que o bambino está aí à porta e é conveniente definir de uma vez por todas o seu local de nascimento, sendo que uma coisa é certa: o Zico não vai conhecer a maternidade onde nasceu a irmã – um agradável espaço com vista para o mar, a 5 minutos de casa. O que só vem lançar uma pitada de emoção a tão entusiástico acontecimento: o menino ou nasce em Coimbra ou na A14. Não aceito apostas, nem tão pouco aceito que, logo à partida, a opção Estrada Nacional 111 seja colocada de parte. Se ele tiver que nascer a meio da viagem, que o faça num local de referência, mas nunca numa auto-estrada semi-deserta. “Onde é que ele nasceu? Hmmm… A14, entre o quilómetro 7 e 9, naquela recta interminável, junto ao rail, ao lado do arvoredo.” É triste. É triste, e se tal acontecer vai ser sempre complicado indicar ao miúdo o local onde nasceu, a 140 km/hora. “Olha foi ali trás! Conseguiste ver desta vez?”.
Não! O puto, a nascer durante a viagem, que o faça na Estrada Nacional 111! De preferência junto à Pousadinha, que tem as melhores queijadas do planeta!
