20 DE DEZEMBRO DE 2007
Não sou pessoa de me atrasar para cenas de coisas combinadas. A mãe funciona ao contrário: não é menina para chegar a horas. A Zita veio trocar as voltas ao esquema. Obrigou a mãe a chegar à maternidade com 1 mês de antecedência, fazendo com que o pai falhasse o parto por 5 minutos. Duas horas antes recebia eu um telefonema da mãe: “Acho que é falso alarme, daqui a pouco mandam-me para casa”. O meu ritmo cardíaco desceu 20 batidas. “Vou-te buscar às 11.30”. Cheguei às 11.30 em ponto, convencido que ia buscar uma. Trouxe duas.
Quem me deu a notícia do nascimento da Zita foi a menina da recepção: “Parabéns! A sua filha nasceu há 5 minutos”. Acabava ali, por força da natureza, a discussão do “Vais assistir ao parto? Sim/Não/Não sei/Não respondo”. Subi as escadas e só pensava: “Estou tramado! Logo hoje, que tenho que ir devolver as lotarias”.